segunda-feira, 15 de abril de 2013

retirado do blog: http://profhelena4e5ano.blogspot.com.br/


O CÃO E SEU REFLEXO

Um cão estava se sentindo muito orgulhoso de si mesmo. Achara um enorme pedaço de carne e a levava na boca, pretendendo devorá-lo em paz em algum lugar.
Ele chegou a um curso rio e começou a cruzar a estreita ponte que o levava para o outro lado. De repente, parou e olhou para baixo. Na superfície da água, viu seu próprio reflexo brilhando.
O cão não se deu conta que estava olhando para si mesmo. Julgou estar vendo outro cão com um pedaço de carne na boca.
Opa! Aquele pedaço de carne é maior que o meu, pensou ele. Vou pegá-lo e correr. Dito e feito. Largou seu pedaço de carne para pegar o que estava na boca do outro cão. Naturalmente, seu pedaço caiu na água e foi parar bem no fundo, deixando-o sem nada.

MORAL: Quem tudo quer tudo perde.
                                                                                                                                    Esopo


ATIVIDADES 
  1)     Por que o cão largou seu pedaço de carne?
a) (  ) Porque atravessou um rio procurando alguma coisa.
b) (  ) Porque deixou que o pedaço menor fosse levado pelo rio.
c) (  ) Porque ficou privado dos dois pedaços de carne.
d) (  ) Porque julgou que o outro cão tinha um pedaço maior.

  2) O texto foi escrito com o objetivo principal de:
a) (  ) anunciar um produto.
b) (  ) dar instruções.
c) (  ) transmitir ensinamento.
d) (  ) Mostrar pesquisa.

  3) O texto trata principalmente da:
a) (   ) coragem do cão.
b) (  ) fome do cão.
c) (  ) ambição do cão.
d) (   ) sabedoria do cão.

  4) O fato principal que ocorreu  na narrativa foi:
a) (   ) a grande fome do cão.
b) (   ) o sentimento de orgulho do cão.
c) (   ) a sombra que o cão viu no rio.
d) (   ) a ponte que o cão atravessou.

  5) O que o cão segurava enquanto atravessava o rio?
  a)  (   ) um pedaço de frango.
  b)  (    ) um pedaço de carne.
  c)   (  ) um pedaço de peixe.
  d)   (  ) um pedaço de linguiça.

  6)  Provérbios são ditados populares, ou seja, frases ditas pelo povo, que geralmente têm a intenção de ensinar algo. Responda: qual provérbio a seguir combina mais com o ensinamento da fábula lida?
   a)  (  ) Quem não tem cão, caça com gato.
  b)  (  ) Quem semeia vento, colhe tempestade.
  c)   (  ) Quem tudo quer, tudo perde.
  d)   (  ) Quem avisa, amigo é.

7)  O cão conseguiu o que queria? Por quê?

8) Esta fábula nos ensina algo? O quê?

9) Se você estivesse no lugar do cão, faria a mesma coisa? Por quê?

10)   Por que o cão largou o seu pedaço de carne para pegar outro pedaço?

Frankrauchia Borges de Almeida

Boole - Turma da Mônica de Ivana Kaiper


O BOOLE

    Os alunos devem montar a cena de acordo com a história.Os desafios são resolvidos com cartas, que, sendo um material concreto e manipulável, ajudam a organizar as informações e formular hipóteses solucionando os enigmas.

Vantagens do Boole


O jogo ajuda a criança a:




- Organizar o pensamento, selecionar as prioridades e resolver as questões.
- Estimular a criatividade e a auto-estima na medida em que se vence os desafios.
- Interpretar as questões e enunciados com coerência e entender aquilo que lê.
- Se acostumar a resolução de situações problemas considerando hipóteses.


- Desenvolver a estruturação de pensamento.
- Vencer as dificuldades que têm na leitura e na compreensão. 

     As histórias, no início, são contadas pelo professor, linha a linha, e os alunos devem montar com as cartas, para chegar à solução. Quando as crianças aprenderam a jogar, podem elaborar cartas e histórias. Para conhecer melhor o Boole, visite o site: http://www.jogosboole.com.br/
  
     Essas cartas e  histórias foram criadas por mim, baseado na palestra promovida em minha escola e no material que adquiri. Espero que gostem do jogo!!!

cartas:

histórias:
    O professor deverá ler as três afirmações. Os alunos vão montando, enquanto o professor lê. Depois devem responder as perguntas. A solução de cada história está no final, onde diz: "cartas".
  Nessas histórias, não são usadas todas as cartas ao mesmo tempo. Fiz jogos com personagem-brinquedo-comida, personagem-animal-comida. Ainda tenho outras histórias para postar. Gostaria de saber o que acharam do jogo e das histórias!!!

       Para quem não conhece o Boole, pode jogar a versão demonstrativa que tem na internet: http://www.jogosboole.com.br/flash/jogovermelhodemo.swf

Boole - Mais cartas e histórias

     Estou postando mais algumas historinhas do Boole. Nessas histórias são utilizadas algumas cartas do outro jogo que eu já havia mandado (clique aqui para ver) e outras diferentes. Algumas dessas cartas ainda não serão utilizadas, pois ainda tenho mais histórias para postar. Essas histórias estão no formato 3 X 3, que representa o nível iniciante, podendo ampliar para 3 X 4, 4 X 4...dificultando de acordo com o nível do aluno. Espero que gostem!

cartas:


histórias:

  


Boole - Mais cartas e histórias

Essas histórias são de um nível um pouco mais difícil (4x3) 

interpretação de fábula africana - Tia Paula Educando com o coração


O macaco e o crocodilo - fábula africana


 Leia o texto com atenção

O MACACO E O CROCODILO
                                         Fábula africana 







             
            O macaco vivia numa mangueira perto da margem do rio. Certo dia, um crocodilo se aproximou.
“Humm”, o crocodilo pensou:
— Estou com vontade de comer coração de macaco no jantar. Então, ele disse para o macaco:
— Desça da árvore para brincar comigo!
— Eu não posso brincar com estranhos — respondeu o macaco.
— Mas eu quero lhe mostrar uma mangueira do outro lado do rio. Ela dá mangas muito melhores do que a sua árvore.
— É mesmo? — exclamou o macaco. — Mas eu não sei nadar.
— Não tem problema — sorriu o crocodilo — Pule nas minhas costas que eu o ajudo a atravessar o rio.
O macaco pulou nas costas do crocodilo. Logo estavam no meio do rio.
De repente, o crocodilo começou a mergulhar, com o macaco ainda em suas costas.
— Socorro! Pare! Estou me afogando! — gritou o macaco.
— Segure-se — o crocodilo sorriu. — Eu vou afogá-lo, pois quero comer coração de macaco no jantar, e você foi burro o suficiente para confiar em mim.
—Ah! — lamentou-se o macaco — Eu gostaria que tivesse me contado a verdade. Aí eu teria trazido meu coração comigo.
— Quer dizer que você deixou seu coração na mangueira? — perguntou sem acreditar, o crocodilo.
— Mas é claro — respondeu o macaco. — Nesta selva perigosa os macacos não correm por aí com seus corações. Nós os deixamos em casa. Mas vou lhe dizer o que podemos fazer. Você me leva para a mangueira com frutas maduras, do outro lado do rio, e depois podemos voltar para pegar meu coração.
—Nada disso — desdenhou o crocodilo. — Vamos voltar e pegá-lo agora mesmo! Segure-se aí!
— Tudo bem — concordou o macaco.
Então o crocodilo deu meia volta e rumou para a mangueira do macaco. Assim que eles chegaram à margem, o macaco subiu na árvore e jogou uma manga na cabeça do crocodilo.
— Meu coração está aqui em cima, crocodilo estúpido! — disse ele. — Se quiser comê-lo, vai ter de subir aqui e pegar!


                                             O macaco e o crocodilo, Fábulas do mundo todo. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2004. p 35/36


1º) Complete.


a- Título do texto.


b- Número de parágrafos. ________


c- Tipo de texto.     (    ) Conto de Fadas
                                   (    ) Receita
                                   (    ) Convite
                                   (    ) Fábula

d- Em que lugar acontece a história?



e- Quem são as personagens?



2º) Procure no texto e escreva uma frase:


a- Interrogativa:


b- Exclamativa:


Nas questões de 3 até a 8 marque a opção correta:


3º) O macaco pulou nas costas do crocodilo porque:
  
(    ) achava o rio muito largo.                    (    ) confiava no amigo.
(    ) gostava de brincar.                             (    ) não sabia nadar     


4º) O crocodilo aproximou-se do macaco para:

(    ) ajudar o vizinho.                                 
(    ) brincar com 
(    ) satisfazer um desejo.                                      
(    ) tornar-se seu amigo.


5º)No trecho “- Ah – lamentou-se o macaco.”, percebe-se que ele estava:

                (    ) fingindo.                                                 (    ) assustado.                       
                (    ) raivoso.                                                  (    ) sorridente.



6º)  O crocodilo resolveu voltar porque queria:

(    ) afogar o macaco no rio.                                 (    ) dar ajuda ao macaco.
(    ) ensinar o macaco a nadar.                           (    ) pegar o coração do macaco.



7º) Esta fábula sugere que o:

(    ) crocodilo é mais esperto que o macaco.
(    ) crocodilo e o macaco são muito amigos.
(    ) macaco é mais esperto que o crocodilo                      
(    ) macaco e o crocodilo são engraçados.



8º) A história trata especialmente da:

(    ) esperteza.               (    ) maldade                (    ) gula.                   (    ) ignorância



GRAMÁTICA



1º) Retire do texto e escreva :

dois substantivos comuns que estão no primeiro parágrafo.

____________________                      ____________________



2º) Leia o parágrafo abaixo e pinte nele dois adjetivos.

"— Mas é claro — respondeu o macaco. — Nesta selva perigosa os macacos não correm por aí com seus corações. Nós os deixamos em casa. Mas vou lhe dizer o que podemos fazer. Você me leva para a mangueira com frutas maduras, do outro lado do rio, e depois podemos voltar para pegar meu coração."



3º) Escreva os antônimos de:

aproximou - _________________________
ajudo - ____________________________
confiar - ___________________________
em cima ___________________________



04) Invente dois nomes próprios, um para o macaco e outro para o crocodilo:

macaco - ____________________
crocodilo - ____________________



05) Escreva o aumentativo e o diminutivo de:



DIMINUTIVO


AUMENTATIVO

amigo


macaco





6º) Separe as sílabas das palavras e classifique-as quanto ao número.

aproximou - ____________________________
ajudo - _______________________________
sorridente - ____________________________
vou - ____________________________
nadar - ____________________________


7º) Separe as sílabas das palavras e classifique-as quanto à tonicidade:

                           proparoxítona                 paroxítona               oxítona

aproximou - __________________________________________________________
ajudo - ______________________________________________________________
sorridente - ___________________________________________________________
vou - _______________________________________________________________
nadar -______________________________________________________________

Interpretação de texto - Tia Paula Educando com o coração


A primavera da lagarta - Ruth Rocha


Grande comício na floresta! Bem no meio da clareira, debaixo da bananeira.
            Dona Formiga convocou a reunião:
— Isso não pode continuar!
— Não pode, não. – apoiava o Camaleão.
— É um desaforo! – a Formiga gritava.
— É mesmo! – o camaleão concordava.
A Joaninha, que vinha chegando naquele instante, perguntava:
            — Qual é o desaforo, hein?
            — É um desaforo, o que a Lagarta faz! – dizia a Formiga.
            — Come tudo que é folha! – reclamava o Louva-a-Deus.
            — Não há comida que chegue! – continuava a Formiga.
            A Lagartixa não concordava:
            — Por isso não, que as senhoras formigas também comem...
            — É isso mesmo! – apoiou o Camaleão, que vivia mudando de opinião.
            — É muito diferente – disse a Formiga. — Depois, a Lagarta é uma preguiçosa. Vive lagarteando por aí...
            — Vai ver que a Lagartixa é parente da Lagarta – disse o Camaleão, que já tinha mudado de opinião.
            — Parente, não – falou a lagartixa. — É só uma coincidência de nome.
            — Então não se meta! – disse a Formiga.
            — Abaixo a Lagarta! – disse o Gafanhoto. – Vamos acabar com ela!
            — Vamos, sim! – Gritou a Libélula. — Ela é muito feia!
            O senhor Caracol ainda quis fazer um discurso:
            — Minhas senhoras e meus senhores, como é para o bem geral e para a felicidade nacional, em meu nome e em nome de todo mundo interessado, como diria o conselheiro Furtado, quero deixar consignado que está tudo errado...
            Mas como o Caracol era muito enrolado, ninguém prestava atenção no coitado. Já estavam todos se preparando para caçar a Lagarta.
            — Abaixo a feiúra! – Gritava a Aranha – como se ela fosse muito bonita
            — Morra comilona! – exclamava o Louva-a-Deus – como se ele não fosse comilão também.
            — Vamos acabar com a preguiçosa! – berrava a cigarra –  esquecendo sua fama de boa-vida.
            E lá se foram eles cantando e marchando:
            — Um, dois, feijão com arroz... três , quatro feijão no prato...
            Mas a primavera havia chegado. Por toda parte havia flores na floresta, até parecia festa. Os passarinhos cantavam... E as borboletas, quantas borboletas! De todas as cores, de todos os tamanhos, borboleteavam pela mata.
            E os caçadores procuravam pela Lagarta.
            — Um, dois, um dois,  feijão com arroz... três , quatro feijão no prato...
E perguntavam às borboletas que passavam:
            — Vocês viram a Lagarta que morava na amoreira? Aquela preguiçosa, comilona, horrorosa?
            As borboletas riam, riam... Iam passando e nem respondiam.
            Até que veio chegando uma linda Borboleta:
— Estão procurando a Lagarta da amoreira?
—  Estamos, sim! Aquela horrorosa! Comilona!
E a Borboleta bateu as asas e falou:
            —  Pois sou eu...
            —  Não é possível! Não pode ser verdade! Você é linda!
            E a Borboleta, sorrindo, explicou:
            —  Toda lagarta tem seu dia de borboleta. É só esperar pela primavera...
            Dona formiga ficou espantada:
— Não é possível! Só acredito vendo!
E a borboleta falou:
            — Venha ver. Isso acontece com todas as lagartas. Eu tenho uma irmã que está acabando de virar borboleta.
            E todos correram para ver. E ficaram quietinhos, espiando...
            E a lagarta foi se transformando... foi se transformando... Até que , de dentro do casulo, nasceu uma borboleta.
            Os inimigos da Lagarta ficaram admirados.
— É um milagre! – disse a Formiga, envergonhada.
— Bem que eu falei! – disse o Camaleão, que já tinha mudado de opinião.
E a borboleta falou:
            — É preciso ter paciência com as lagartas, se quisermos conhecer as borboletas!


Responda com frases completas.

1º) Onde ia acontecer a reunião na floresta?

(   ) dentro da casinha do tatu?
(   ) dentro do formigueiro.
(   ) embaixo da bananeira.
(   ) embaixo da laranjeira.


2º) Quem foi que convocou a reunião?
       Faça um quadrado ao redor da figura correta.

 
        










Escreva o nome de quem convocou a reunião: __________________________


3º) Qual o bichinho estava provocando tanta confusão? Por quê?

__________________________________________________



4º) Onde vivia a lagarta?

__________________________________________________

5º) No meio da história a lagarta sumiu. 
       O que aconteceu com a lagarta?


__________________________________________________


6º) Você gostou do texto? Por quê?

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retirado de: http://tiapaulaeducadora.blogspot.com.br/


Hipóteses de escrita - Postado no Grupo Educando e Aprendendo

Pode-se escrever
(Pedro Oom)
Pode-se escrever sem ortografia
Pode-se escrever sem sintaxe
Pode-se escrever sem português
Pode-se escrever numa língua sem saber essa língua
Pode-se escrever sem saber escrever
Pode-se pegar na caneta sem haver escrita
Pode-se pegar na escrita sem haver caneta
Pode-se pegar na caneta sem haver caneta
Pode-se escrever sem caneta
Pode-se sem caneta escrever caneta
 Pode-se escrever sem escrever
Pode-se escrever sem sabermos nada
Pode-se nada sem sabermos
Pode-se escrever sabermos sem nada
Pode-se escrever nada
Pode-se escrever com nada
Pode-se escrever sem nada
Pode-se não escrever..
Hipótese pré-silábica

v     A criança não registra traços no papel com a intenção de realizar o registro sonoro do que foi proposto para a escrita

Nível 1 – Escrita indiferenciada


v     Baixa diferenciação entre a grafia de uma palavra e outra;
v     Traços semelhantes entre si;
v     Traços descontínuos – se a criança tem maior contato com letras de imprensa;
v     Traços contínuos – se a criança tem mais contato com a escrita com letra cursiva;
v     O que diferencia uma palavra da outra é a intenção do produtor, portanto, a interpretação só poderá ser feita por quem escreveu;
v     Muitas vezes a criança não consegue identificar o que escreveu – leitura instável;
v     Costumam grafar palavras de acordo com o tamanho do que está representando;
v     Algumas vezes usam como estratégia o pareamento de desenhos com as palavras – para poder ler com mais segurança – mas também pode caracterizar uma certa insegurança ao decidir que letras deva usar. Essa dificuldade acontece porque ainda não compreendem a função da escrita e confundem o que é escrita com desenhos.

Nível 2 – Diferenciação da escrita


v     A característica principal das escritas desse nível é a tentativa sistemática de criar diferenciações entre os grafismos produzidos; mas a escrita continua não analisável em partes levando a criança a interpretá-la globalmente;
v     Hipótese da quantidade mínima de caracteres e a necessidade de variá-los;
v     Já possuem a intenção de objetivar as diferenças do significados das palavras;
v     Arranjam as letras que conhecem – por poucas que sejam
v     Na figura abaixo, Bárbara demonstra notável aquisição cognitiva quando arranja as 6 letras que conhece (I-E-A-F-L-P) de forma a representar as palavras sugeridas
v     Nesta idade ainda não tem mecanismo para comparar palavras que não estejam próximas.
v     Neste nível poderá ter se apropriado de algumas escritas estáveis – principalmente do próprio nome

Hipótese silábica


v     A criança inicia a tentativa de estabelecer relações entre o contexto sonoro da linguagem e o contexto gráfico do registro;
v     A estratégia da criança é a de atribuir a cada letra ou marca escrita o registro de uma sílaba falada; essa marca poderá ser uma letra (com valor sonoro convencional ou não), pseudoletra, número;
v     A criança começa a perceber que a escrita representa partes sonoras da fala;
v     Conflito, principalmente quando tem que escrever palavras monossílabas – para eles é necessário um número mínimo de letras para cada palavra;
v     Muitas vezes enxertam letras no meio ou final das palavras para que possa parecer estar escrito uma palavra correta;
v     Não é necessário empregar o valor sonoro convencional das letras – P poderá representar a sílaba BA, por exemplo.
v     Esse conflito (número mínimo de letra), acaba por ser deixado de lado, num determinado momento da evolução da criança predominando apenas a lógica da hipótese silábica .

Hipótese silábico-alfabética


v     Neste nível a criança utiliza a hipótese silábica e alfabética da escrita, ao mesmo tempo - momento de transição: a criança não abandonou a hipótese anterior, mas já ensaia novos avanços.
v     Esses avanços só podem ocorrer se forem oferecidas informações às crianças através de formas fixas que permitam o refinamento da aprendizagem do valor sonoro convencional das letras e das oportunidades de comparar os diversos modos de interpretação da mesma escrita.

Hipótese alfabética


v     Aqui a criança já venceu todos os obstáculos conceituais para a compreensão da escrita – cada um dos caracteres da escrita corresponde a valores sonoros menores que a sílaba – e realiza sistematicamente uma análise sonora dos fonemas das palavras que vai escrever.
v     Não há a superação total dos problemas – ainda não domina as regras normativas da ortografia.
v     Nesta produção, a criança dominou o código da escrita, mas não as regras ortográficas – perceba que ela não teve medo de escrever, o que não ocorre com a maioria das crianças quando iniciam a escolaridade;
v     Essa inconstância com a ortografia não é permanente e a superação das falas depende de ensino sistemático, já que não são dedutíveis como a construção da escrita.

Observações Importantes


  • O tempo necessário para avançar de um nível para outro varia muito.
  • A evolução pode ser facilitada pela atuação significativa do educador, sempre atento às necessidades observadas no desempenho de cada estudante, organizando atividades adequadas e colocando, oportunamente, os conflitos que conduzirão ao nível seguinte.
  • O uso da metodologia contrastiva, permitindo que a criança confronte sua hipótese de escrita com a forma padrão (nos diversos materiais de leitura já conhecidos) são um importante recurso para a estabilização da escrita ortográfica. 
  • A sistematização do processo de alfabetização se dará ao longo dos anos subseqüentes.
  • Na medida em que a criança adquire segurança no contato prazeroso, contextualizado e significativo com a língua escrita, sua leitura torna-se mais fluente e compreensiva.
  • Por meio da leitura, o estudante assimila, aos poucos, as convenções ortográficas e gramaticais, adquirindo competência escritora compatível com as exigências da escrita socialmente aceita.
  • Desenvolve-se, assim, o gosto e o interesse pela leitura e a habilidade de inferir, interpretar e extrapolar as idéias do autor, formando-se o leitor crítico.

Importância da sondagem


É por meio da sondagem que o professor poderá conhecer as hipóteses das crianças sobre a língua escrita e dessa forma planejar as atividades, organizar as duplas e os grupos de acordo com as necessidades de cada criança. A sondagem é uma atividade essencial para que o professor conheça o quê e como cada criança está pensando. Deve ser feita individualmente e sempre com palavras e atividades inéditas.

Þ Palavras de um mesmo campo semântico (animais da floresta, doces, frutas, material escolar...)
Þ 1 palavra polissílaba - 1 palavra trissílaba - 1 palavra dissílaba - 1 palavra monossílaba - 1 frase com uma das palavras ditadas.

A sondagem deve ser feita com uma certa regularidade, uma vez a cada 15 dias ou uma vez por mês, para que o professor possa acompanhar as etapas de cada criança. Neste caso, o professor não deve interferir na escrita da criança.

Agrupamentos significativos:

Pré-silábicos com silábicos
Silábicos s/ valor sonoro com silábicos c/ valor sonoro
Silábicos com valor sonoro com silábicos alfabéticos
Silábicos alfabéticos com alfabéticos (ortográficos ou não)
Alfabéticos não ortográficos com alfabéticos ortográficos


Sugestões de atividades para o nível pré silábico



• iniciar pelos nomes das crianças escritos em crachás, listados no quadro ou em cartazes;
•identificar o próprio nome e depois o de cada colega, percebendo que nomes maiores podem pertencer às crianças menores e vice-versa;
•classificar os nomes pelo som inicial ou por outros critérios;
•organizar os nomes em ordem alfabética, ou em “galerias” ilustradas com retratos ou desenhos;
•criar jogos com os nomes (“lá vai a barquinha”, dominó, memória, boliche, bingo);
•fazer contagem das letras e confronto dos nomes; confeccionar gráficos de colunas com os nomes seriados em ordem de tamanho (número de letras).
•Fazer estas mesmas atividades utilizando palavras do universo dos alunos: rótulos de produtos conhecidos ou recortes de revistas (propagandas, títulos, palavras conhecidas). 

Atividades para nível silábico em diante:


•fazer listas e ditados variados (de estudantes ausentes/ presentes, livros de histórias, ingredientes para uma receita, nomes de animais, questões para um projeto);
•usar jogos e brincadeiras (forca, cruzadinhas, caça-palavras);
•organizar supermercados e feiras; fazer “dicionário” ilustrado com as palavras aprendidas, diário da turma, relatórios de atividades ou projetos com ilustrações e legendas;
• propor atividades em dupla (um dita e outro escreve), para reescrita de notícias, histórias, pesquisas, canções, parlendas e trava-línguas.

Descubra para que nível são esses jogos


1- Jogo dos 7 erros: a profª elabora uma lista de palavras e, em 7 delas, substitui uma letra por outra que não faça parte da palavra. A criança deve localizar essas 7 substituição.
2- Jogo dos 7 erros: a profª elabora uma lista de palavras e, em 7 delas, inverte a ordem de 2 letras (ex: cachorro – cachroro). A criança deve achar esses 7 erros.
3- Jogo dos 7 erros: a profª elabora uma lista de palavras e, em 7 delas, omite uma letra. O aluno deve localizar os 7 erros.
4- Jogo dos 7 erros: a profª elabora uma lista de palavras e, em 7 delas, acrescenta 1 letra que não existe. A criança deve localizar quais são elas.
5- Jogo dos 7 erros: a profª escreve um texto conhecido (musica, parlenda, etc.) e substitui 7 palavras por outras, que não façam parte do texto. O aluno deve achar quais são elas.
6- Jogo dos 7 erros: a profª escreve um texto conhecido (musica, parlenda, etc.) e omite 7 palavras. O aluno deve descobrir quais são elas.
7- Jogo dos 7 erros: a profª escreve um texto conhecido (musica, parlenda, etc.) e inverte a ordem de 7 palavras. O aluno deve localizar essas inversões.
8- Jogo dos 7 erros: a profª escreve um texto conhecido (musica, parlenda, etc.) e acrescenta 7 palavras que não façam parte dele. A criança deve localizar quais são elas.
9- Caça palavras: a profª monta o quadro e dá só uma pista: “Ache 5 nomes de animais” por exemplo.
10- Caça palavras: a profª monta o quadro e escreve, ao lado, as palavras que o aluno deve achar.
11- Caça palavras no texto: a profª dá um texto ao aluno e destaca palavras a serem encontradas por ele, dentro do texto.
12- Jogo da memória: o par deve ser composto pela escrita da mesma palavra nas duas peças, sendo uma em letra bastão, e a outra, cursiva.
13- Jogo da memória: o par deve ser idêntico e, em ambas as peças, deve haver a figura acompanhada do nome.
14- Jogo da memória: o par deve ser composto por uma peça contendo a figura, e a  outra, o seu nome.
15- Cruzadinha: A profª monta a cruzadinha convencionalmente, colocando os desenhos para a criança pôr o nome. Mas, para ajudá-las, faz uma tabela com todas as palavras da cruzadinha em ordem aleatória. Assim, a criança consulta a tabela e “descobre” quais são os nomes pelo número de letras, letra inicial, final, etc.
16- Cruzadinha: A profª monta a cruzadinha convencionalmente, colocando os desenhos para a criança pôr o nome. Mas, para ajudá-las, faz um quadro com todos os desenhos e seus respectivos nomes, para que a criança só precise copiá-los, letra a letra.
17- Cruzadinha: A profª monta a cruzadinha convencionalmente, colocando os desenhos para a criança escreva seus nomes.
18- Bingo de letras: as cartelas devem conter letras variadas. Algumas podem conter só letras do tipo bastão; as outras, somente cursivas; e outras, letras dos dois tipos, misturadas.
19- Bingo de palavras: as cartelas devem conter palavras variadas. Algumas podem conter só palavras do tipo bastão; as outras, somente cursivas; e outras, letras dos dois tipos.
20- Bingo: a profª deve eleger uma palavra iniciada por cada letra do alfabeto e distribuí-las, aleatoriamente, entre as cartelas. (+/- 6 palavras por cartela). A profª sorteia a letra e o aluno assinala a palavra sorteada por ela.
21- Bingo: as cartelas devem conter letras variadas. A profª dita palavras e a criança deve procurar, em sua cartela, a inicial da palavra ditada.
22- Quebra cabeça de rótulos: a profª monta quebra cabeças de rótulos e logomarcas conhecidas e, na hora de montar, estimula a criança a pensar sobre a “ordem das letras”
23- Dominó de palavras: em cada parte da peça deve estar uma palavra, com a respectiva ilustração.
24- Ache o estranho: a profª recorta, de revistas, rótulos, logomarcas, embalagens, etc. Agrupa-os por categoria, deixando sempre um “estranho” (ex: 3 alimentos e um produto de limpeza; 4 coisas geladas e 1 quente; 3 marcas começadas por “A” e uma por “J”; 4 marcas com 3 letras e 1 com 10, etc.) Cola cada grupo em uma folha, e pede ao aluno para achar o estranho.
25- Procure seu irmão: os pares devem ser um rótulo ou logomarca conhecidos e, seu respectivo nome, em letra bastão.
26- “Procure seu irmão”: os pares devem ser uma figura e sua respectiva inicial.